As coisas importantes não são coisas

"Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração".(Mt. 6. 21)

As crianças, não são apenas o futuro.  São seres humanos inteiros, inteligentes, presentes. Pelos olhos dos adultos dão sentido ao mundo. Seus tesouros terão o endereço que lhes apresentarmos.  É preocupante  atualmente a relação implícita que nossa cultura estabelece entre ter, ser, parecer, poder, felicidade. Enquanto o discurso “politicamente correto” invade a mídia e as bocas, a associação entre comprar / ter/ser o melhor / ter prazer e poder, se apresentam cada vez mais estreitas. Neste ambiente o  consumo é estimulado e a maior vítima / alvo é a criança. Há um imenso investimento para criar necessidades e desejos nas crianças e através delas atingir os adultos, que se sentem pressionados a atendê - las. Neste contexto é preciso estar atento. São pequenas decisões, e não grandes sermões, que formam e revelam conceitos e valores que serão transmitidos às novas gerações. Por exemplo. A criança tem uma atitude errada e os pais decidem não comprar o tal brinquedo porque ele não “merece”. Então ela aprende que se fizer algo certo, será sempre em troca de alguma vantagem. Outras vezes os adultos cedem a chantagens, com receio de magoar ou de perder o amor dos filhos. Deslocam deste modo o afeto, que fica associado a objetos materiais. Não raro a família compra brinquedos caros, que a criança larga alguns dias ou horas depois. Então, muitas vezes, mesmo nos  afinizando com os princípios espiritualistas, formamos pessoas com valores materialistas. Se observarmos nossos filhos com mais cuidado, veremos que o brinquedo não é o mais importante, mas sim o brincar. A brincadeira está dentro da criança, no contato com o mundo. Alguns pedacinhos de madeira, uma pipa, um carrinho de lata, uma boneca de pano fazem muito mais sentido e permitem o envolvimento da imaginação, da criatividade, da sensibilidade e da afetividade da criança no ato de brincar. Construir com ela objetos simples da infância dos pais e avós, cantar músicas de ninar,  são singelezas que fazem a diferença entre ser criança e ter infância. E Então? Vamos brincar de roda?

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Comentários

Anônimo disse…
Legal saber que alguém assistiu ao melhor filme que já assisti! Alguém que gosta do purgatório de Onoff. Imagine este filme sendo uma peça teatral?