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Mostrando postagens de abril, 2010

Novas antigas: "Primeiro livro"

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Chico Xavier gostava de ler, às vezes comprava livros em sebo e gostava de conservar consigo os poemas e textos que apreciava. A revelação desta faceta de Chico  nos permite conhecê-lo um pouco melhor, como apreciador das letras, um homem inteligente e com senso estético apurado, caprichoso e cuidadoso com suas anotações e cadernos, bem preservados por décadas. Não era adepto do descartável e utilizava os recursos de que dispunha para realizar e organizar esses registros. Porém, muitas pessoas que querem atacá-lo têm utilizado de modo desonesto tais informações, como se esse  hábito singelo de colecionar alguns poemas e algumas vezes visitar sebos para adquirir livros, tornasse possível o "pastiche" de centenas de autores. Ora, obviamente é impossível escrever "à maneria de" estilos tão diversos simplesmente embasado em alguns momentos de apreciação da boa literatura. Não se enganem as pessoas que pensam justificar Chico como  fraude baseadas nessa ingênua suposição

Curiosidades sobre o filme "Chico Xavier"

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Assisti ao filme. Realmente um trabalho bem feito, emocionante sem se tornar piegas. Um Chico humano e excepcional. Conflitos, trabalho, uma vida que, sabe-se desde o início, não cabe em um filme. Marcel Souto Maior lançou um livro com diversas informações, entrevistas, bastidores, opiniões dos envolvidos e situações curiosas das filmagens. Comentarei alguns trechos. "Falei pro Nelson: ´E agora? dois ex-comunistas e dois ateus juntos num filme sobre Chico Xavier. Como vamos fazer?´" (Daniel Filho) Esta frase de Daniel Filho representa algo que acontece com frequência. Espíritas que foram militantes de esquerda. Talvez os momentos de perda e dor aproximem ao espiritismo as pessoas questionadoras, pois ele traz alguma explicação viável e consolo para os problemas da vida, da morte e do destino. Outro ponto de convergência pode ser o desejo do bem da humanidade que move os idealistas e os espíritas. Diante da morte, do fenômeno espiritual, frente à enfermidade da vida terrena,

Assista a entrevista de Marcel Souto Maior

Marcel Souto Maior, autor do livro As vidas de Chico Xavier, fala de curiosidades e fatos presenciados por ele na presença de Chico. Seu depoimento é interessante, porque se declara cético (ex-cético?), mas fala com tanto respeito sobre o médium de Uberaba. Na página "tudo a ver":

Era uma vez e ainda é

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Você sabia que espiritismo já foi crime no Brasil? Por uma lei publicada em 1890, era considerado  curandierismo, magia, enfim,  algo que se opunha à Igreja Católica e ao clero. Célia da Graça Arribas, socióloga, fez sua pesquisa de mestrado na USP sobre esse assunto. Os espíritas estavam sujeitos a prisão e multa. De acordo com a pesquisadora, em 1890 o Código Penal tornou o espiritismo - por não considerá-lo uma religião - assunto para delegacias de polícia. “Praticar o espiritismo, a magia e seus sortilégios, usar de talismãs e cartomancias para despertar sentimentos de ódio ou amor, inculcar cura de moléstias curáveis ou incuráveis, enfim, para fascinar e subjugar a credulidade pública [art. 157] ” era crime punível com “prisão cellular por um a seis mezes e multa de 100$000 a 500$000 [100 mil a 500 mil réis, grafia antiga ] ”. “Prisão celular” é o mesmo que privação de liberdade, em regime fechado, cumprida em penitenciária. A multa máxima correspondia a cerca de US$ 270 pelo c